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domingo, 6 de setembro de 2015

Occultus - Parte 2



- 2 -

25 anos antes...

- Anda, Kevin, me dá a droga da lanterna! - diz Joseph com uma expressão de raiva nos olhos estendendo a mão impaciente enquanto segura a porta do porão com a outra mão.

- Calma! - responde Kevin girando a lanterna para entregar ao amigo.

- Tem tanto tempo que essa casa está abandonada que não me arriscaria em acender nada por aqui. Não quero morrer queimado - diz enquanto começa a descer as escadas. Cada degrau que pisam range alto como se fosse se quebrar.

- Queimado? Como acender uma luz pode te matar? - pergunta Kevin intrigado.

- E se tiver um curto circuito e a casa pegar fogo? - diz sem olhar para trás.

- Deixe de ser idiota. Mortos não usam luz. A energia daqui foi cortada há mais de cem anos, desde que a moradora morreu.

- Eu sei da história - responde Joseph num tom sarcástico - Dizem que ela era maluca, que os malignos viviam com ela, blá, blá, blá. Por isso ninguém tem coragem nem pra morar aqui, nem pra derrubar o lugar. A casa simplesmente ficou aqui, abandonada.

- Então que merda a gente tá fazendo aqui!? Eu devia ter trazido mais uma lanterna.

- Deixa de ser medroso! - Joseph olha para o amigo com uma certa desaprovação no olhar - Estamos aqui porque não acredito nestas besteiras e porque adoro uma aventura. Você não?

- Tá bom, não me olhe assim. Vamos terminar logo e sair daqui - responde Kevin gesticulando com a mão indicando pressa.

- Olha só! - diz apontando para um objeto grande coberto por um lençol - O que será isso aqui? - e puxa o lençol. Um belo telescópio dourado deixa os dois vislumbrados. A luz da lanterna reflete em sua superfície que, apesar dos anos, ainda permanece brilhante e polida.

- O que é isso? - pergunta Kevin.

- É um telescópio, idiota. Parece que nunca viu um!

- Nunca vi assim, de verdade, nem tão grande. Vamos levar ele?

- Agora não. Não podemos deixar ninguém ver a gente sair daqui com isso debaixo do braço. Além do mais, isso deve ser muito pesado. Vamos precisar de ajuda pra carregar.

- O que vamos fazer?

- Venha, me ajude a colocar ele perto daquela janelinha. Poderemos ver alguma coisa, talvez.

Ao fazer a volta no telescópio, Joseph chuta alguma coisa no chão. Apontando a lanterna ele percebe que chutou um livro. Um livro muito grande fechado com uma espécie de fechadura.

- Um livro! - diz Kevin com ar de surpresa.

- E dos grandes! Isso eu vou levar - diz assoprando a poeira em sua capa.

- Acho melhor a gente ir embora, Joseph. Já vai escurecer e minha mãe vai me procurar.

- Tudo bem. Me ajude a cobrir o telescópio. A gente volta depois.

Eles cobrem o telescópio e voltam pra casa.

Joseph entra em casa com muito cuidado para que ninguém veja o livro que ele carrega. Sabia que se fosse visto, um interrogatório de perguntas intermináveis teria início e no final das contas, ao descobrir de onde aquilo tinha vindo, seria obrigado a jogar fora. Não. Ele não queria ser visto. Definitivamente não.

Apesar de tomar todo cuidado na hora de abrir a porta, a mãe ouve o barulho e grita de dentro da cozinha:

- Joseph? É você meu filho?

- Sim, mãe. Sou eu - diz ele acelerando o passo em direção às escadas.

- Vá lavar as mãos e desça pra jantar. Já estou botando a mesa!

- Tá bom! - grita ele já no final do lance de escada. Rapidamente ele entra no quarto, tranca a porta atrás de si, joga o livro sobre a escrivaninha que tem ao lado de sua cama e acende a luminária.

O livro tem uma capa grossa e tem um peso considerável. Não havia nada escrito na capa nem nas laterais, ou pelo menos parecia não haver, porém consegue ver um certo relevo ao olhar ele inclinado próximo da luz. Ele resolve pegar uma camiseta suja no chão e molha ela na pia do banheiro. Ao passar a camiseta sobre o livro, um desenho apareceu. O desenho era de uma estrela grande no meio, rodeada de cinco círculos concêntricos. Em cada círculo havia uma bola numa posição distinta, exceto no terceiro círculo, que haviam duas bolas. Uma de cada lado.

- Que estranho - diz ele baixinho para si mesmo. Alguém bate à porta, é sua mãe - Já vou! - disse enquanto levantava. Lavou as mãos no banheiro e desceu para jantar.

No dia seguinte, na escola, Joseph encontra novamente Kevin no intervalo.

- Cadê o livro? Você trouxe ele? - pergunta dando-lhe um leve tapa no ombro.

- Não poderia trazer aquele trambolho pra cá. Ele está escondido lá em casa.

Uma menina se aproxima dos dois.

- Joseph! Como você teve coragem de ir na casa da bruxa sem me chamar! - pergunta ela com uma expressão de raiva.

- Eu não fui na casa da bruxa. Quem te disse isso, Alice? - responde ele demonstrando surpresa.

- Ah, não foi? - diz ela olhando nos olhos de Kevin. Joseph percebe isso e dá um tapa na cabeça dele.

- Quem mandou você contar, seu cabeçudo! Quanto menos gente souber disso, melhor!

- Desculpa! - responde Kevin - Mas Alice pode ajudar a gente!

- Ajudar como?

- Eu sei que a tal da bruxa não foi bruxa coisa nenhuma. Ela foi uma astrônoma - interrompe ela - Acredito que o livro que você achou pode ter as descobertas que ela fez.

- E como você sabe disso? - pergunta Joseph suspendendo uma sobrancelha.

- Meu tio me contou a história dela. Ele não acredita nessas superstições bestas.

- Seu tio? Ele por acaso é astrônomo?

- Não. Ele não é astrônomo, mas ele estuda muito. Ele me contou que ela publicou um texto que não agradou algumas pessoas na época e por isso ela acabou se isolando e morrendo sozinha na casa. Não existe esse negócio de bruxaria, mas muita gente ainda acredita. Por isso ninguém nunca se deu ao trabalho de investigar a casa dela depois que ela morreu.

- É. Eu sei. Minha mãe acredita nesses negócios. Eu escondi o livro lá em casa. Não consigo abrir porque ele tem uma espécie de fechadura.

- Me mostre o livro que eu te ajudo - diz Alice arrumando o cabelo.

- Ajudar?

- Sim. Eu posso abrir a fechadura.

- E posso saber como você sabe fazer isso?

- Claro! Meu tio me ensinou!

Kevin e Joseph se olham incrédulos.

Em casa, depois de almoçar, Joseph se tranca no quarto para analisar o livro. Ele o pega sobre o guarda-roupa e coloca sobre a escrivaninha. Alguém bate à porta e ele levanta para abrir.

- Você conseguiu abrir o livro?

- Fala baixo, Alice! Que merda! - diz ele colocando a cabeça para fora do quarto procurando ver se tinha alguém por lá. Não tinha.

- Nossa. Ele é bem maior do que eu pensava - diz ela analisando a fechadura.

- Imaginava? Como assim?

- Eu pensei que era do tamanho de um diário, ou coisa assim - diz ela sorrindo suspendendo o livro com as duas mãos - É bem pesado! Como você trouxe isso? Debaixo da camisa?

- Não importa. Você consegue abrir a fechadura, Alice, ou vou ter que cortar essa trava?

- Grosso - diz ela franzindo a testa - Me dá um clip aí - pede ela estendendo a mão.

- De que banda? Hahahaha! - diz tentando ser engraçado pra melhorar o clima.

- Idiota. Me dá um clip de papel, um arame! - diz ela com uma certa raiva balançado a mão estendida.

- Tá bom, tá bom! Toma.

Ela desdobra o clip, dobra novamente ao meio e dobra a ponta fazendo uma espécie de chave de um dente só. Insere essa "chave" no buraco e faz alguns movimentos circulares.

- Vai demorar?

- Shhhhh!!! - protesta ela - Eu tenho que ouvir o click.

- Que click? - pergunta Joseph.

Imediatamente ouve-se um click e a trava abre.

- Este click! - ela sorri enquanto abre o livro.

O livro é uma espécie de diário da Laurel Wharton. Ricamente ilustrado com gráficos e desenhos, além de texto e muitas fórmulas matemáticas. Os dois ficam maravilhados com as coisas que estão ali, mas infelizmente não conseguem entender muita coisa, exceto as partes onde a explicação é literal.

- Veja - diz ele apontando - Um desenho igual a da capa. Porque tem duas bolas neste círculo?

- Isso daí são os planetas de nosso sistema seu bobo.

- Eu sei que são os planetas, mas aqui tem seis bolas.

- Peraí. Esse desenho está mostrando que tem um outro planeta atrás do Sol? - diz ela franzindo a testa.

- Como assim? O que ela diz aí sobre isso?

- Não sei. Vou ter que ler tudo pra saber. Me empresta o livro?

- Tá maluca? Não posso deixar você sair daqui com isso!

- Então vou pegar minha câmera. Tiro umas fotos desse material pra estudar em casa.

Alice levanta e sai quase correndo pela porta para ir buscar a câmera. Joseph olha pela janela e vê sua amiga sair em disparada pela porta de sua casa. Alguém bate na porta do quarto, ele levanta para abrir.

- Oi, Kevin - diz Joseph virando de costas para se sentar novamente.

- Aquele foguete que saiu daqui era Alice? - disse ele apontando para a porta.

- Era sim. Ela disse que ia buscar a câmera.

- Uau, vocês conseguiram abrir o livro? - diz ele se aproximando.

- Conseguimos sim, mas não dá pra entender muita coisa do que está escrito. Mas tem um desenho aqui - diz folheando o livro até a página que tem o desenho do sistema planetário - que mostra uma coisa interessante - e aponta para o desenho.

- Porque tem duas bolas neste círculo, mas uma só em todos os outros? - pergunta coçando a cabeça.

- Nós nos perguntamos a mesma coisa. Aparentemente esta bola aqui somos nós e esta outra bola aqui é um outro planeta atrás do Sol.

- Atrás do Sol? Você é maluco? De onde você tirou essa idéia?

- Alice.

- Claro. Só podia ser idéia dela - diz Kevin balançando a cabeça.

- Mas eu acho que ela está certa. É o que faria sentido.

- Não, Joseph. Essa bola daí pode ser uma coisa que ela achava que estava lá. Não significa que tem alguma coisa lá.

- Bem. Isso também faz sentido. Mas Alice disse que a mulher era astrônoma. Ela não ia desenhar isso daqui se não soubesse do que se tratava.

- Tá, tá, tudo bem. Mesmo assim acho meio louca essa história. Todos os planetas de nosso sistema já foram descobertos, a gente aprendeu isso na escola.

- As grandes descobertas foram feitas por aqueles que não sabiam que tudo já havia sido descoberto - disse Alice de pé atrás dos dois.

- Já? - Os dois se olharam perplexos - Como você foi em casa e voltou tão rápido?

- Eu tinha esquecido a câmera no carro de meu tio e por acaso ele estava passando aqui na frente quando saí de sua casa. Você não viu a pickup dele?

- Humm... Então seu tio tem uma pickup? - perguntou Joseph suspendendo uma sobrancelha e alisando o próprio queixo.

- Tem sim, porque? - questionou Alice pondo as duas mãos na cintura.

- Você está disposta a participar de uma aventura? A maior aventura de sua vida!

- Que tipo de pergunta é essa? Você sabe que eu amo aventuras! - responde ela.

- Então feche a porta do quarto, puxe uma cadeira e vamos conversar.

[Continua...]

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Occultus - Parte 1


Ao leitor

A história a seguir não se passa na Terra, mas num sistema planetário de uma galáxia que podemos simplesmente ignorar a localização. Apesar disso, por questões práticas, farei uso de elementos comuns para nós com o objetivo de facilitar a compreensão e a imersividade da narrativa.

De nada adianta inventar nomes estrambólicos para elementos similares daquela civilização como veículos automotores por exemplo. Aqui os chamamos de "carro", por lá talvez eles os chamem de "linspput". A tecnologia que os faz movimentar pode não ser a mesma que o nosso equivalente, mas este detalhe é irrelevante e não muda o fato de que o personagem foi embora usando um veículo. Assim quando eu disser que "Kevin entrou no carro e foi embora...", você saberá que ele está usando um veículo automotor equivalente ao nosso "carro". A mesma coisa vale para todos os outros elementos como ferramentas, roupas, sistemas de medida ou até mesmo o idioma que eles falam. Achei por bem focar mais no enredo do que gastar energia criando um universo alienígena inteiro apenas para colocar meus personagens dentro.

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Telescópio

Todd Hazelwood inventou o telescópio e maravilhou a todos no seu tempo. As observações que antes se limitavam a pequenos pontos brilhantes que o olho podia ver agora poderiam se estender ainda mais no horizonte através da abóboda do céu.

Muitos reclamaram a respeito da invenção alegando ser obra de alguma entidade maligna, já que observar coisas além de sua capacidade biológica era certamente uma invasão do território dos Antes, que seria o grupo de forças espectrais que supostamente criaram o Universo, o planeta Grindan e o Sol que o iluminava.

Em suas observações, Todd percebeu que haviam corpos errantes pelo cosmos. Ele se deu conta disso ao não se limitar a apenas a olhar o céu, mas a mapear a posição de todos aqueles pontos brilhantes. Alguns deles não seguiam o restante, se deslocando de forma até que meio louca, em zigue-zague. A matemática necessária para desvendar tal mistério ainda não existia, então no resto de sua vida ele se limitou a criar um vasto banco de dados com a posição de todos aqueles pontos brilhantes que seu maravilhoso telescópio lhe permitiu enxergar.

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Laurel Wharton, nasceu cerca de cento e vinte anos depois da morte de Todd e desde cedo demonstrou interesse pela ciência do espaço. Aos quinze anos, utilizando uma versão mais aprimorada do telescópio, conseguiu ver nitidamente que aqueles corpos errantes eram na verdade, planetas. Aos vinte anos, já tinha desenvolvido a matemática necessária para calcular a trajetória daqueles corpos e por causa disso a Lei Universal da Gravitação é atribuída a ela até hoje.

Sua carreira como cientista estava indo a todo vapor até que ela publicou um texto um tanto quanto controverso. Após estudar atentamente a trajetória de todos os planetas, ela concluiu que todos eles orbitavam em torno daquele Sol que iluminava seu mundo. Imediatamente, todas as organizações religiosas publicaram duras críticas a respeito destas afirmações e até mesmo a comunidade científica ficou com um pé atrás, por temer profundamente a ira dos Antes. Naquela época, o misticismo ainda dominava o mundo científico e por causa disso pouco avanço científico se fez. Laurel foi desacreditada por contrariar as escrituras que "mostravam" claramente que tudo girava em torno de Grindan e suas descobertas deixaram de ser publicadas no meio científico.

Laurel morreu aos 85 anos, sozinha em sua casa.

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- 1 -

A excitação de toda equipe era fantástica. Pela primeira vez estavam prestes a pisar em outro planeta. As missões não tripuladas anteriores mostraram que a temperatura e a atmosfera daquele mundo era muito similar ao deles, porém curiosamente estéril. As imagens das sondas mostravam um céu de cor diferente, uma névoa constante porém não muito densa e apenas rochas. Nada de lagos, rios, nem oceanos. Somente rochas.

A tarefa de transmitir dados daquele planeta em particular exigiu um trabalho fora do comum. A equipe liderada pela engenheira Alice Olivetree desenvolveu a solução baseada no fenômeno de reflexão das ondas. A mesma solução acabou sendo utilizada no próprio planeta que vive, permitindo assim a comunicação digital global. Esta solução consiste em um aparato posto em órbita, dotado de uma antena em formato parabólico que reflete as ondas eletromagnéticas que nele incidem. Um refletor orbital. A idéia, aparentemente simples, rendeu-lhe diversos prêmios e reconhecimento no meio científico, tornou possíveis as missões Occultus 1 e 2, além da missão tripulada Seeker, que estava a ponto de ter sua etapa mais importante concluída.

- Preparando para estacionar Seeker 1 na órbita mais alta. - diz a voz do comandante Harrison ecoando pela sala de controle da unidade espacial. Um local cheio de pesquisadores, terminais de computador e telas, uma gigante no meio da parede e outras menores ao redor, onde muitos dados vindo da nave principal eram processados e vistos numa velocidade incrível.

Por causa da distância, toda comunicação tinha um delay de 16 minutos entre a transmissão e a recepção. As imagens das 15 câmeras instaladas na nave principal e na secundária transmitia ininterruptamente a cerca de 40 minutos, tão logo iniciou-se a aproximação da órbita mais alta. Neste momento, a nave preparava-se para entrar em órbita estável e permitir a descida do módulo planetário Seeker 2, onde iam dois cientistas. O comandante Harrison ficaria na nave aguardando o retorno dos dois em cerca de seis horas.

Esta missão, além de marcar um feito histórico, iria ser o começo de um estudo mais completo para permitir a construção de uma base permanente objetivando uma pesquisa mais ampla deste recém descoberto planeta. Um grande avanço para a ciência seria advindo desta missão. Para Joseph, astrônomo chefe que liderou todas as missões envolvendo o planeta Occultus, era o momento mais importante para sua espécie e ele estava igualmente ansioso, talvez o mais ansioso de todos, provavelmente por ser ele um dos personagens principais na descoberta da existência desde planeta.

-Órbita estabilizada com sucesso! - disse a voz do comandante ecoando pela sala. Joseph e Alice se olharam com um sorriso amplo no rosto. Alice queria pular de alegria, mas tinha que se conter para não parecer boba diante de toda a equipe, mas dava para ver um pequeno brilho em seu olhar, o brilho de uma lágrima. O brilho da emoção.

Os dois astronautas desprenderam seus cintos e começaram a se preparar para adentrar ao módulo Seeker 2 para iniciar a descida. Checaram todos os seus equipamentos, entraram na câmara de descompressão que já estava com a porta aberta e puseram seus capacetes. A informação sobre o status da roupa e todos os sensores que ela possuía podia ser vista refletida no visor do capacete: Oxigênio, pressão interna, vedação da junta do capacete, temperatura corporal, batimentos cardíacos, pressão sanguínea.

-Yemane? - Ela ouve a voz do comandante Harrison dentro de seu capacete. Observa as luzes verdes que brilham em seu painel interno e responde - Tudo OK!

-Joris? - Ele também olha para seu painel - Tudo OK!

-Ok. Iniciando processo de nivelamento.

Assim que Harrison pressiona o botão em seu painel a porta por onde os astronautas entraram na câmara começa a se fechar. Os dois estão bem tensos agora, pois estão prestes a fazer o que nenhum habitante de Grindam jamais imaginou ser possível. Yemane começa a se lembrar de todo o processo que passou na academia espacial desde o início das missões Occultus há cerca de 10 anos. Lembrou-se de toda emoção que sentiu a cada etapa que conseguiu superar e do apoio incondicional de sua família -Seus batimentos estão alterados - alertou a voz em seu capacete. Ela não podia enxugar as lágrimas por causa do visor, então foi com os olhos cheios de água que ela passou pela escotilha que agora se abria à sua frente. Os dois entraram no módulo Seeker 2.

-Vamos fazer a inicialização dos sistemas? - perguntou Joris.

-Não é necessário - respondeu Harrison pelo microfone - A nave já está pronta para partir. Basta que se acomodem.

Os dois sentaram-se nas poltronas que ficavam diante do painel de controle. Havia uma grande janela de vidro reforçado em sua frente que os permitia ver o planeta logo abaixo. Sua visão era ao mesmo tempo maravilhosa e aterradora. Sua coloração era de um cinza escuro quase negro.

-Parece que vamos mergulhar em um abismo de escuridão - disse Yemane.

-Não se preocupe. Apesar da aparência, o planeta é bem iluminado de dia. Quer dizer, bem não, mas a luz é suficiente - respondeu Joris.

-Eu sei. Eu lembro das fotos e vídeos das sondas que vieram antes de nós. Acho que só estou insegura.

-Mas você esperou tanto por isso, Yemane. Nós esperamos tanto por isso.

-Atenção - diz o comandante dentro de seus capacetes - Preparar para desacoplar em 5... 4... 3... 2... 1... - Um forte solavanco sacode a nave. Joris assume o comando do manche em sua frente.

-Iniciando os motores, preparando para entrada - diz Joris pressionando um botão no painel que faz aparecer um desenho na janela de vidro. O desenho mostrava exatamente onde era a janela de reentrância, seu trabalho era basicamente guiar a nave seguindo aquelas indicações. A aceleração violenta os fez ficar praticamente grudados nas poltronas. Assim que chegaram a velocidade final, Joris iniciou a descida.

Assim que começou a entrar em contato com a atmosfera, a nave começou a vibrar. Inicialmente fraco, mas quanto mais eles mergulhavam, mais violento ficava. As proteções sob a nave começaram a incandescer e era possível aos dois ver as fagulhas passando pelo vidro. Yemane apertava fortemente os braços da poltrona pelo nervosismo, mas não fechou os olhos. Queria ver tudo, queria sentir tudo. As fagulhas aumentaram e se transformaram numa parede de chamas que cobriram toda as janelas. Subitamente o tremor cessou e o fogo desapareceu. Eles tinham adentrado no planeta.

Joris reduzia a velocidade da nave gradualmente e agora ele procurava pelo local de pouso, que também aparecia como um desenho na janela de vidro. Não era possível ver a superfície direito. Abaixo deles uma névoa se espalhava pela superfície de todo o planeta, mas à medida que se aproximavam a visibilidade melhorava -Estranho isso, não é? De longe parece uma névoa densa. Mas de perto não é bem assim - disse ele.

-Sim - respondeu Yemane - por causa disso o escaneamento orbital foi possível.

-Veja! Alí está o ponto de pouso - disse Joris apontando para uma planície logo à frente deles.

Ele baixou os amortecedores e redirecionou os propulsores para baixo. Assim ele pode planar sobre a área indicada e começar a descida.

-Todos os sistemas ok - disse o comandate Harrison - Posso ver daqui que está tudo sob controle.

-Sim - respondeu Joris - Estamos concluindo o pouso.

A nave pousou com um pequeno solavanco. Muito menor que o primeiro quando a nave se desprendeu da principal. Assim que ela parou, os dois trataram logo de destravar os cintos e se levantaram. A sensação de sentir a gravidade de novo, depois de oito meses no espaço era reconfortante.

-Verifiquem novamente seus trajes antes de sair - disse o comandante.

-Porque temos que usar trajes num planeta que parece com o nosso? A atmosfera não é igual? - perguntou Joris.

-A atmosfera é igual, mas por acaso você sabe se tem algum fator biológico desconhecido de nós aqui? Robôs não ficam doentes, além disso as sondas não vieram preparadas para identificar microorganismos potenciais.

-Tudo bem. Entendi.

Yemane se prepara para sair. Pega sua maleta e se posiciona ao lado da porta traseira do módulo. Num painel pequeno um botão brilhante com a inscrição ABRIR aciona a abertura da porta. Assim que as duas placas de metal começam a se afastar, uma escuridão penetra na nave através da fenda como uma fumaça negra e atravessa os dois tocando diretamente em suas almas. Os dois não tem tempo de reagir. Não há gritos. Não há fuga. Não há nada.

Dois corpos inertes caem ao chão.

Silêncio.

[Continua...]

terça-feira, 30 de junho de 2015

Inimigo:Eu [Parte 5]


- Daniel! Daniel! - diz a voz em seu ouvido - Acorda, porra! Tá fazendo o que aí?
Ele abre os olhos vagarosamente e toma um susto.
- Você?!? É você mesmo?
- Claro que sou eu, caralho - diz Rafael rindo e dando um tapa no teto do carro.
O sol está brilhando forte e lhe ofusca um pouco a visão. Ele olha ao redor e percebe que dormiu no carro de Rafael, num lugar ermo. A rua está vazia e ele nunca tinha visto aquele lugar. Parece ser um lugar bem distante. - Acho que eu dirigi a noite toda e acabei parando aqui para dormir - diz ele baixinho, quase que como para si mesmo.
- O que você disse? - pergunta Rafael se abaixando e enfiando a cabeça pela janela do motorista.
- Nada - responde Daniel passando a mão na testa, enxugando o suor que agora lhe escorre pela fronte. - O que houve?
- Preciso que venha comigo. Eu tenho que te mostrar um negócio - diz ele já se afastando do carro.
- Peraí, porra! Eu já tô indo! - diz abrindo a porta do carro. Sua cabeça ainda está meio zonza e os acontecimentos do dia anterior estão meio borrados em sua lembrança.
- Vambora!! - grita Rafael gesticulando para ele indicando pressa.
Daniel acelera o passo para acompanhar o amigo que segue em sua frente sem olhar para trás.
O lugar onde eles estão parece ser um subúrbio industrial. Existem galpões por todos os lados. Eles caminham por uma calçada suja ao lado de uma parede de tijolos marrons. Chegando próximo da esquina Rafael subitamente para de caminhar e se mantêm de costas.
- O que foi? - diz Daniel colocando a mão no ombro de seu amigo, que se vira e olha direto nos olhos dele. Sua aparência agora é diferente. Está completamente pálido, com olheiras profundas ao redor dos olhos e há um buraco no meio de sua testa. Daniel fica paralisado com o susto que acaba de tomar. Sem dizer nada, Rafael se vira para frente e dobra a esquina.
- Espere! - grita Daniel de sobressalto e dobra a esquina também para seguir seu amigo. Mas não há ninguém lá. Ele ainda chega a dar mais alguns passos em frente como se não estivesse acreditando no que acabou de acontecer. Talvez, de alguma forma mágica, seu amigo fosse novamente se materializar em sua frente. - Estou enlouquecendo. - pensa enquanto é invadido por uma vontade louca de deixar o lugar e volta correndo para onde o carro está estacionado.
Assim que abre a porta do motorista ele pode ver sobre o banco do carona a pistola de seu amigo e então se dá conta de que, sim, deve estar enlouquecendo.

***
- Wilton, recebemos uma denúncia de um corpo que foi encontrado num beco da rua Isaac Newton.
- Já mandaram alguém prá lá? - diz ele olhando para a mulher bonita em sua frente por cima do óculos.
- Tem uma viatura indo para o local, mas você precisa ir lá, Rafael não apareceu ainda e não atende o celular. - disse ela olhando para o celular em sua mão.
- E onde está Daniel? - pergunta levantando a sobrancelha esquerda.
- Também não sei. - responde ela dando de ombros.
- Merda, o dia começou cedo hoje. - disse ele limpando a boca dos farelos da rosquinha que comia. - Posso ao menos terminar de comer? - a mulher não estava mais na sala.

No local indicado estava a viatura parada na entrada do beco. Um policial estava recostado no capô do carro, enquanto o outro acabava de passar a fita de sinalização para impedir a entrada de pessoas estranhas.
- Já identificaram o falecido? - pergunta Wilton para o policial da viatura.
- Não fizemos nada. Estávamos apenas aguardando vocês chegarem. A área está isolada. - disse ele apontando para o beco.
- Obrigado - disse dando um leve tapa no ombro do policial.
Ele reconheceu o corpo de Rafael quase de imediato e não acreditou no que estava vendo. Não havia sinais de luta nos arredores, mas algumas marcas de pneu, como se alguém tivesse saído dali com bastante pressa. Também havia uma cápsula da bala que havia sido disparada.
Wilton colocou sua luva e suspendeu a cabeça de Rafael. Havia um buraco de saída, então a bala tinha que estar por ali em algum lugar.
- Meu Deus! É o Rafael! - disse a voz por trás dele. Era Renata. Ela fotografava as cenas de crime.
- Espere, não entre aqui ainda. Não consigo achar a bala. - disse ele estendendo mão para que ela parasse.
Pela posição que o corpo estava deitado e pela posição do furo na testa, ele deduziu a posição na qual Rafael estava quando levou o tiro. Mentalmente ele calculou a altura e traçou uma linha reta imaginária entre a área onde ele acreditava que o atirador estava e o furo na testa. Depois estendeu a linha até a parede atrás de onde o corpo estava. - Bingo!!! - gritou ele quando encontrou a bala encrustada entre os tijolos.
- Como você sabia que a bala estaria aí? E se alguém tivesse arrastado o corpo? - perguntou Renata.
- Não vi nenhum sinal de que ele foi arrastado. O posição do atirador, eu deduzi pelas pegadas no chão. As marcas de pneu indicam que havia um carro aqui. Não haveria como o atirador se distanciar muito. O que eu não consigo entender é como ele veio parar aqui. E por não haver luta, suponho que ele conheça a pessoa que o matou. Talvez eles tenham discutido.
- Onde esta a arma dele? - perguntou ela apontando para o coldre vazio.
- Parece que ele foi morto pela própria arma. - disse ele intrigado - Venha. Fotografe tudo o que puder. Vou mandar recolher o corpo em seguida. - diz ele voltando para o carro.
- Farei isso o mais rápido possível, acho que vai chover.

Assim que bate a porta do carro, uma forte chuva começa a cair. Os policiais correm para levar um guarda-chuva e um plástico preto para cobrir o corpo até a chegada do rabecão. Wilton liga o carro e fica tentando imaginar o que fazer em seguida, quando vê no final da rua um posto de gasolina. - Devem ter câmeras por lá - pensa ele.

- Quero falar com o gerente - diz ele já mostrando o distintivo para o frentista.
- Pois não! - diz o homem de camisa azul aproximando-se deles.
- Preciso da filmagem da noite de ontem desta câmera aqui. - diz, apontando para a câmera da frente que está virada para a rua.
- Você não precisa de um mandato para isso? - pergunta o homem.
- Você realmente quer fazer isso, Ismael? - pergunta Wilton, olhando no crachá do homem. - Meu colega foi morto naquele beco logo ali e eu estou tentando descobrir qualquer pista que me leve ao assassino. Eu preciso que me ajude aqui.
O homem suspira e direciona o olhar dele para o chão, como se estivesse lamentando pelo que tinha acabado de ouvir. - Está bem. - diz ele. - Vou fazer uma cópia e te entrego.

De volta à central, Wilton vai até a sala de vídeo e começa a assistir a fita que lhe foi entregue. O legista lhe informou que a chuva atrapalhou um pouco baixando a temperatura do corpo, mas o crime deveria ter acontecido entre as 2:00 e 3:00 da manhã. Ele resolve adiantar para este horário. Ás 2:45 ele vê um carro parecido com o do detetive passar em velocidade, mas não é possível ver quem está ao volante. Porém agora ele sabe que pegaram o carro dele na fuga. Subitamente alguém bate à porta.
- Wilton, um cara veio aqui e disse que viu o que aconteceu ontem de noite. Ele mora no prédio em frente e gravou essas cenas aqui com o celular dele. - disse Bárbara lhe entregando um cartão de memória. Ele rapidamente coloca o cartão e memória no computador e começa a assistir ao vídeo. Nele, não dá pra ver quem está com Rafael, pois o lugar está mal iluminado, mas ao sair do beco, o poste ilumina o motorista: Daniel. Wilton toma um susto e corre para abrir a porta.
- Bárbara! Venha comigo agora! Vamos para a casa de Daniel! - grita ele.
- O que houve? - pergunta ela assustada.
- Ele apareceu no vídeo do cara. Por isso ele não veio hoje!

Em menos de meia hora eles já estavam lá, na frente do prédio. Outras duas viaturas estavam com eles, para cercar a rua caso ele estivesse em casa. Wilton não se dá ao trabalho de bater na porta, ele dá dois tiros na fechadura e depois um chute. A porta abre com facilidade. Não tem ninguém em casa.

- Espere!! Não toque nisso!! - diz Wilton levantando a mão para o policial que abriu a porta do congelador. - Renata, traga a câmera aqui e fotografe estes dedos. - O policial toma um pequeno susto e se afasta para dar espaço para a moça que trás a câmera pendurada ao pescoço. Ela posiciona uma placa amarela com o número 1 ao lado dos dedos e faz a foto, recolhendo o material em seguida e colocando dentro de um saco plástico.
- Senhor! Acho que você precisa ver isso aqui! - Grita um policial de dentro do quarto.
Assim que entra no quarto, Wilton sente um frio subir-lhe pela espinha. A cama foi arrastada de seu lugar e embaixo dela, no chão, está desenhado um pentagrama vermelho com uma substância que parece ser sangue. Ao centro havia algo parecendo um coração humano, coberto de larvas de moscas.

[Continua...]

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Sabaton - Smoking Snakes (Canto da colina)

Deixo aqui mais uma vez uma música para compor o nosso Canto da colina. E desta vez é uma música carregada de história. A música é a Smoking Snakes da banda sueca de Power Metal, Sabaton. A banda é bem conhecida por ter letras que abordem a história militar e a música compartilhada aqui não é diferente.  A faixa compõe o álbum Heroes lançado em 2014, e nela, como o nome sugere a banda traz à memória as cobras fumantes que era o lema adotado pela Força Expedicionária Brasileira que lutou bravamente na campanha da Itália. O lema surgiu, pois na época se acreditava que seria mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Guerra dada a política de neutralidade adotada por Getúlio Vargas na época. 


O clipe não é o oficial da banda mas é uma versão que o canal Sabaton - Brasil criou usando algumas partes da websérie Heróis e fez o grande trabalho de traduzir. Confira, vale muito a pena. 



Como evoca a letra: “We remember” e o lembrar aqui como forma de dá vida. De fazer com que o esforço daqueles que munidos de um patriotismo sadio lutaram heroicamente jamais seja esquecido!

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Sólstafir - Fjara

Estive pensando em algumas postagens diferenciadas para o blog e me veio a ideia de compartilhar com vocês musica, oque eu não tenho certeza se vai agradar a todos, mas tentem ao menos ouvir e ver (por favor). Um amigo essa semana me mostrou uma musica que me deixou bem reflexivo com as imagens do video e a letra é bem bacana. Então irei deixar o video e logo abaixo a tradução, não sei quando vou voltar aqui com outra musica, talvez uma vez por semana eu acho que fica maneiro, até porque eu não posso ficar dando ctrl + c/ctrl + v no youtube todo dia. Então...apreciem o "canto da colina".







Praia

Este é o mais longe que eu irei
Nunca mais serei a mesma pessoa
Horríveis encantos me atraiam
No dia em que corria para a vida novamente

Se eu ganhar desta vez
Ainda vai ser o meu fim
Minha crença é de que nada acaba bem
Este é o fim para mim

Dia e noite meu coração esteve pesado
Desejos destruídos, sorrisos congelados
Eu continuo, meu coração bombeando lágrimas
Dia e noite eu andei sozinho

Ossos apodrecendo na terra
Como os seus segredos
Que há muito tempo tem escondido de mim
Mas o sangue pesa mais que o silêncio

Palavras destruídas, fragmentos em sua boca
Corte mais profundo do que qualquer ferida
Laços quebrados nunca serão os mesmos
Mentiras são como a picada de uma víbora

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Oisin e A Terra dos Jovens



Olá para você que se aventura por essas letras neste momento, faz muito tempo que não tenho produzido nada apenas perdido em meus pensamentos, oque foi um crime ao meu ver, para tentar retornar a esse blog foi preciso mais do que apenas "querer" eu precisei de tempo e de outras que eu não estou afim de falar, não me entenda de um jeito rude, porque não é oque eu quero parecer, o motivo é de que eu apenas não sei definir oque me afastou de tudo isso que eu acho tão intenso, algo que faz parte de mim, algo que eu amo repartir com as pessoas que são historias e pensamentos. Antes de começar a trazer o pequeno mito para você, se por acaso notar algum erro ou qualquer tipo de falha no texto, tenha paciência, porque só chegamos a perfeição com a pratica.
Para a historia agora; precisamos conhecer um pouco de Oisin e eu achei um pouquinho desse cara pela internet que foi na Wikipedia

Minha reação ao copiar e colar

Lá vai; segundo nossa informante Oisín (Irlandês antigo, pronunciado /ˈɔʃiːnʲ/, ou, grosso modo, "â-chin"), filho de Fionn mac Cumhail, é um poeta e guerreiro dos fianna no Ciclo Feniano da Mitologia irlandesa. 
Seu nome significa "pequeno gamo", e a história que se conta é que sua mãe, Sadb, foi transformada em gamo por um druida, Fer Doirich. Quando Fionn estava caçando, capturou-a, mas não a matou, e ela voltou à forma humana.
Acho que até ai ta tranquilo e vamos torcer pra estar tudo certo.

A Terra dos Jovens

Oisin era o famoso filho de Finn mac Cool e um dos fian, grupo de guerreiros que lutava em prol da Irlanda. Certa vez, caçando, ele conheceu uma bela moça de nome Niamh Óir (Significa: Niamh dos Cabelos Dourados), que montava em um corcel branco, Niamh declarou-se apaixonada por Oisin e pediu-lhe para que a acompanhasse para a Tir na nÓg, a "Terra dos Jovens", da qual era rainha. No caminho para esse mundo mágico, Oisin matou um gigante e demonstrando assim sua bravura recebeu Niamh como noiva . O casal viveu feliz por séculos, mas Oisin acabou ficando com saudade de casa e resolveu ir visitar a Irlanda. Ele descobriu que muita coisa mudara desde que partira. Niamh avisara que ele não deveria desmontar do seu cavalo na Irlanda, mas ele se esqueceu disso ao ver homens precisando de ajuda para erguerem uma rocha. Assim que seus pés tocaram o chão ele envelheceu 300 anos e morreu.

Fico pensando no porque dele ter esquecido que não deveria descer do cavalo, as vezes isso acontece muitas vezes comigo, ajudar alguém esquecendo da minha própria condição se isso vai me prejudicar ou não, eu simplesmente prefiro ignorar e ajudar, se isso é certou ou errado...eu não sei, dessa vez eu só tenho isso para falar, espero poder trazer mais coisas assim com frequência...então até breve ou como diria os irlandeses beannacht.
Eu sei que o Potter não é Irlandês -.-